sexta-feira, 8 de outubro de 2010

CRÔNICAS JAGUARUANENSES

MARIA LIMA DE OLIVEIRA – A SUPERAÇÃO DO IMPOSSÍVEL

Publicação de mais um livro “Uma vida” (título modesto para uma pessoa tão augusta) no Centro Cultural Oboé situado à Rua Maria Tomásia, 531, Aldeota, 60150-170 Fortaleza

Qual o contorno semântico do impossível? Certamente os dicionários apontem para tudo que é irreal, inviável e impraticável, mas certamente se você conhecer a história de Maria Lima de Oliveira a palavra impossível passa a inexistir. Num mundo cheio de desilusões e sonhos infecundos em que se prega a desvalorização da vida, D. Maria é uma referência paradoxal para as gerações de ontem, de hoje e do porvir. E melhor, referencial vivo.
Maria Lima de Oliveira nasceu num humilde lugarejo chamado de Guajaratuba margeado pelo Rio Purus, cravejado no município de Tapauá na região Sul Amazonense aos vinte e dois dias de outubro de 1917 (ainda na Velha República sob gestão de Venceslau Brás Pereira Gomes), filha caçula de um casal jaguaruanense: José Raymundo da Silva Rocha e Adelia Lima Rocha. Nessa época já havia uma grande colonização de nordestinos na Região Norte, a negligência dos governos fazia as taxas de mortalidade e de doenças tidas como tropicais serem extremamente altas. A precaríssima rede de saúde era um privilégio para os que tinham condições financeiras acima da média. D. Maria nascera dentro de uma realidade em que a mortalidade de recém-nascido era mais comum do que a própria sobrevivência dos mesmos. Perdera seu pai em 1923, quando ainda não tinha 6 anos de idade e em 1928, aos 10 anos, partiu para União (atual Jaguaruana), no Vale do Jaguaribe do Estado do Ceará, terra-natal de seus pais, instalando-se na localidade de Rancho do Povo. Ali certamente ela testemunhou na década de 30 a epidemia de “Tremedeira” que dizimou inúmeros jaguaruanenses. Ela, contrariando as forças do tempo, casou-se no ano de 1936 (durante ainda a epidemia) no dia 26 de novembro com o agricultor Afonso Justino de Oliveira na Igreja-matriz de União (Jaguaruana). D. Maria teve 16 filhos, educando-os com esmero ainda com todas as dificuldades inerentes àquela região. Maria Lima de Oliveira enfrentou desde cedo inúmeras dificuldades que podiam tê-la diminuído, porém ela tornou-se uma figura colossal e rútila que sua simples presença já é um exemplo de vida para todos nós.
Poderia aqui estender-me falando dessa mulher. Contudo, creio que o cerne de meu texto não é se ater aos pormenores de sua vida (no momento). Na verdade, o grande escopo é convidar a todos os meus amigos e leitores a mais um triunfo de sua vida: a publicação de mais um livro “Uma vida” (título modesto para uma pessoa tão augusta) no Centro Cultural Oboé situado à Rua Maria Tomásia, 531, Aldeota, 60150-170 Fortaleza. Esse evento tem dois benefícios para os que comparecerem: um para mente e outro para o espírito

Nenhum comentário:

Postar um comentário