terça-feira, 27 de setembro de 2011

LIRA JAGUARUANENSE


SAUDADE JAGUARUANENSE
 
Quando eu saí dali, não levei meu coração
O pobre ficou ali no jardim do meu torrão
Deitando numa tijubana, esperando meu amor
Meu amor é Jaguaruana que lá na estrada ficou (bis)

Hoje é grande a saudade
Mas um dia eu vou matar
Vou buscar felicidade
Vou voltar pro meu lugar
Terra de gente bonita
De Emília e de Sant’Ana
Do bendito Padre Rocha
Que saudade tão tirana.

Já devoro a poeira neste carro tão veloz
O poema sem papel se agarra numa voz
No cordel da minha mente, o verso se torna dor
Minha dor é Jaguaruana que lá na estrada ficou (bis)

Hoje é grande a saudade
Mas um dia eu vou matar
Vou buscar felicidade
Vou voltar pro meu lugar
Terra de gente bonita
De Emília e de Sant’Ana
Do bendito Padre Rocha
Que saudade tão tirana.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

CRÔNICAS JAGUARUANENSES


VENDO FIADO SIM



Certa vez um espertinho quis perguntar para Seu Moreirinha se ele vendia fiado.

O grande sábio disse recitando:

Eu vendo fiado sim

Pro finado no caixão

Pro Padim Ciço Rumão

E pra quem caga alfenim

Se você fizer pra mim

Um velho chapéu de palha

Com os ganchos da cangalha

Ou a couraça dum jaguar

Eu deixo você levar

Desta venda toda a tralha.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

CRÔNICAS JAGUARUANENSES

O ESCÁRNIO DA POLÍTICA JAGUARUANENSE



            Todo jaguaruanense que acompanha a política local, sabe que as campanhas políticas no pleito municipal são verdadeiros espetáculos de achincalhação, de abuso econômico e ações criminosas. A politicagem jaguaruanense é uma endemia metaforicamente simbolizada por câncer em processo de metástase. Quando se diz isso, não se diz sem parâmetro algum, mas sim algo histórico e enraizado no nosso consciente coletivo. Essa constatação encontra reflexo num artigo interessantíssimo escrito (pasmem!) no dia 2 de Agosto de 1925 pelo hebdomadário aracatiense A Região de propriedade do Sr. Ezequiel Silva de Menezes, dentro de uma série de reportagem denominada: Impressões de uma viagem ao Baixo-Jaguaribe – União, que traz o seguinte trecho: “Parece-nos que a administração municipal se limita a cobrar os impostos dos contribuintes e pagar aos seus funccionarios. A politicagem, que ali campeia continuamente, prejudicar o desenvolvimento de terra tão rica”. O artigo jornalístico é a visão de uma pessoa de fora que através de sua observação traçou um diagnóstico preciso ao doente (Jaguaruana). De 1925 para cá pouco se mudou no ponto de vista da politicagem. Aliás, nosso atraso urbano, social, econômico e cultura estão umbilicalmente ligados a existência desta anomalia política; mesma constatação obtida pelo autor da notícia que já completou 86 anos de sua publicação!

            As campanhas políticas de Jaguaruana são como se o município vivesse um período de trevas, os princípios constitucionais são destruídos pela prepotência dos que deviam zelá-los, a violência eclode gratuitamente de todos os cantos e o comércio de votos joga pelo ralo a essência da democracia. Além disso, a cultura das cartas fantasmas que surgem por baixo das portas nas madrugadas cálidas de nossa cidade é o sinal de um banditismo que se oculta na abjeta covardia. No ano de 2012, haverá mais um pleito e é preciso que se amadureça nesse comportamento. Os eleitores não devem tolerar e nem dar crédito a práticas imundas advindas do banditismo político.

            O progresso tão almejado pelos munícipes só se tornará corpóreo quando extirparmos a politicagem jaguaruanense e zurzirmos os arautos deste banditismo político que até hoje ainda macula nossa honra.  

sábado, 17 de setembro de 2011

Curiosidades Jaguaruanenses


Outro fato interessante no texto: “Breve Notícia do Valle do Jaguaribe”, do pesquisador Dr. Raymundo Francisco Ribeiro relata uma especificidade nossa cidade. Nos tempos áureos do ouro branco (algodão) Jaguaruana – como sempre se destacava – segundo o trecho a seguir:
Deve-se dizer que o mercado do Recife, na época, era um dos maiores de todo o Norte, Nordeste e do Brasil. Ter um título especial em Contas Correntes era um privilégio para poucos produtos, sendo destacada pela sua qualidade e, sobretudo, sua credibilidade no mercado manufatureiro.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Curiosidades Jaguaruanenses

         Em seu texto intitulado de “Breve Notícia do Valle do Jaguaribe”, o pesquisador Dr. Raymundo Francisco Ribeiro traz revelações surpreendentes e de grande importância histórica para Jaguaruana (Ceará), como – por exemplo – ainda no ano de 1878 houve um projeto de construção de uma linha férrea, ligando o Porto do Fortinho (isto é, Fortim) a Cidade de Icó (importante centro econômico na época). Essa estrada rasgaria quase todo Vale do Jaguaribe, conforme descrito no texto pelo pesquisador:


          Certamente, se esta linha de ferro tivesse saído do papel o Vale do Jaguaribe estaria preparado o desenvolvimento destes novos tempos. Além disso, esta linha férrea facilitaria a integração territorial e o escoamento da produção agrícola. Vale salientar que as duas linhas férreas que se projetou e passariam por Jaguaruana teriam tornado nossa cidade um grande pólo econômico.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

CRÔNICAS JAGUARUANENSES


INTROSPECÇÃO CITADINA

  

Jaguaruana, meu berço fulgurante, nos dias que se aproximam de seu aniversário, fiquei imbuído por uma introspecção. Bem da verdade não seria um mergulho em mim, mas é como se eu me colocasse no lugar da cidade e esboçasse uma introspecção citadina. E como em toda avaliação, ainda esta seja um tanto esdrúxula, surge inúmeras indagações que por incrível que pareça continuam sem respostas, apesar de nossa história tão longeva. Estamos à véspera de uma nova eleição municipal e esta introspecção citadina é importante ser feita por todos os cidadãos jaguaruanenses. Alguns talvez vão dizer que seja cedo fazer qualquer avaliação eleitoral, ainda mais se não há a formação de um quadro político definitiva para o embate. A estes eu digo que a introspecção não está preocupada em nomear pessoas ou denominá-las como mocinhos ou vilões, é algo mais pessoal, ou melhor, mais cidade, se assim posso me expressar. Seria o conflito do “eu”, como se este “eu” – reitero – fosse Jaguaruana.

Cada munícipe deve montar mnemonicamente o seu retrato de cidade. Isso que descrevo aqui pode parecer algo onírico, idéias alicerçadas em bases incorpóreas, cuja sustentação dilui-se ao menor confronto com a realidade. Engana-se o leitor que entender por este prisma. Quando uso a palavra introspecção, apesar do viés psicológico, a sua aplicação tem um efeito direto na esfera realística de nosso cotidiano. Particularmente, tenho pensado demasiadamente em fomentar um grupo de discussão política (sob a luz da ciência política) e de formular um documento de intenções que poderia ser assinado e registrado em cartório por todos os candidatos ao Paço Municipal, também sei que não disponho desse tempo. Por isso no momento queria sugestionar aos amigos, colegas e todos os jaguaruanenses essa introspecção tecida no silêncio de cada íntimo.

Agora de nada vai adiantar essa introspecção citadina, se a mesma adormecer na omissão que reproduzimos no dia-a-dia. Ela deve demonstrada nas ações políticas que cabem ao cidadão, na formação da opinião pública local e, sobretudo, nas plataformas políticas dos possíveis candidatos. Nesse dias festivos de aplausos e alegria, não vai custar nada a qualquer cidadão tentar – cada um do seu modo – personificar “Jaguaruana” dentro de si.

Lira Jaguaruanense

GRACIOSA ORQUÍDEA DO VALE (JAGUARUANA)

Ó Terra que se adorna de histórias
Alimentando-se de sua força varonil
Cada ser humano desta terra
É uma estrela a brilhar pelo Brasil.

Graciosa orquídea deste Vale
Que se banha no velho Jaguaribe
A sua história é cercada de coragem
Ao vencer o inimigo e a diatribe
Tendo por escopo a liberdade
Voando por sobre adversidade
Semelhante a briosa abibe.

Ó Terra que se adorna de histórias
Alimentando-se de sua força varonil
Cada ser humano desta terra
É uma estrela a brilhar pelo Brasil.

Graciosa orquídea deste Vale
Sua riqueza transborda no olhar
Nas carnaúbas sublimes e frondosas
Que se ver espalhadas por todo lugar
Na sua cultura robusta e marcante
De uma gente guerreira e atuante
Que constrói sua poesia no tear.

Ó Terra que se adorna de histórias
Alimentando-se de sua força varonil
Cada ser humano desta terra
É uma estrela a brilhar pelo Brasil.

Graciosa orquídea deste Vale
Devagar vai fazendo o seu porvir
Hasteando a bandeira da labuta
Conjugado com o verbo progredir
Sem esquecer as glórias do passado
Cada filho deste torrão amado
Que não conhece a palavra desistir.

Ó Terra que se adorna de histórias
Alimentando-se de sua força varonil
Cada ser humano desta terra
É uma estrela a brilhar pelo Brasil.