quinta-feira, 30 de setembro de 2010

DOS FILHOS DESTE SOLO

Maria Aglais de Oliveira é anistiada.

MARIA AGLAIS DE OLIVEIRA (Maria Dora, na clandestinidade) é anistiada.
Ela nasceu em Jaguaruana, no estado do Ceará, em 1933.
Aos seis anos de idade perdeu a mãe, que morreu de febre amarela. Seu pai, também contaminado pela febre amarela, dividiu os vinte filhos entre parentes e amigos.

Por Márcia Viotto*

Ela nasceu em Jaguaruana (localidade de Pitombeira), no estado do Ceará, em 1933. Aos seis anos de idade perdeu a mãe, que morreu de febre amarela. Seu pai, também contaminado pela febre amarela, dividiu os vinte filhos entre parentes e amigos. Maria foi parar na cidade de Russas, sendo criada pela sra.Rufina Pereira - viúva, amiga dos seus pais.

Rufina, de origem latifundiária, era muito severa e Maria Aglais, aos sete anos passou a ser a empregada da casa. Ela matriculou Maria Aglais na escola publica até 4º ano primário e depois em uma escola particular administrada pelas freiras. Maria, inteligente e esperta, aproveitou a oportunidade, já tinha uma compreensão da importância de estudar, percebia que era a sua chance de sair daquela situação.

Aos dezoito anos perde sua “mãe” adotiva. Como não tinha herança, as freiras, a convidaram para morar com elas no orfanato. Uma prima chamada Francisquinha, que tinha amizade com o prefeito, conseguiu duas bolsas uma para fazer o curso normal e outra para fazer contabilidade, mas ela acabou fazendo apenas o magistério.

Maria Aglais tinha uma irmã Giselda , que morava em Recife e resolveu nas férias ir até lá visitá-la. Conheceu Maria Gonçalves assistente social que desenvolvida um trabalho na Associação Nordestina de Credito e Assistência Social .Aprovada no treinamento foi trabalhar na zona rural de Pernambuco – em Bom Conselho e Garanhuns.Logo foi promovida a supervisora das equipes, o que lhe permitiu viajar, ao Porto Rico (1963) e depois aos EUA –Nova York, Washington , fazer cursos de atualização e visitar a zona rural .Foi quando se deu conta da pobreza em que vivia o Brasil - o seu nordeste. Não conseguindo conciliar seus estudos com o trabalho pediu demissão e foi procurar a faculdade federal de Pernambuco – passando no vestibular para ciências sociais. Logo depois conseguiu empregar-se na sucursal do Jornal do Brasil como secretaria. Neste período, Miguel Arraes, liderança expressiva foi preso. Começou a tomar contato com militantes da Ação Popular foi participar com elas do movimento estudantil. Os centros acadêmicos foram postos na clandestinidade. Maria foi demitida do Jornal do Brasil.

Então uma assistente social- Judite da Mata Ribeiro- ligada a Igreja que trabalhava na SUDENE conseguiu para Maria participação de um projeto de formação de camponeses para a reforma agrária. Depois Maria Aglais foi indicada como técnica de cooperativa pesqueira na cidade de Ilhéus –BA. Foi ali que se deu conta da divisão de classes. No meio dos pescadores, percebeu a imensa desigualdade daqueles que viviam do dia a dia para comer. A idéia era criar uma cooperativa. Foi então que conheceu o PC DO B – através do dirigente “Gordo” e abraçou o ideário comunista. A partir de 1969 passou a viver na clandestinidade, de fazenda em fazenda de cacau, com o objetivo de conversar com trabalhadores e levar as idéias revolucionarias. Convivia com o pessoal da AP que vendia coisas na feira de Camacã. Foi quando conhece seu futuro marido- Zé. Maria passou a alfabetizar os trabalhadores e começou a ser mais observada. Teve um aborto e depois perdeu um filho recém nascido em acidente.

A situação dos trabalhadores era terrível. Comiam farinha e pimenta. Fugindo em busca de trabalho o casal morou em casa de chão batido e cama de palha. Maria adoeceu. Teve outro aborto.

Foram então para a casa dos pais do Zé – em Itabuna, e trabalhavam com venda de comida na feira.

Em 1973, a direção do PC DO B fez uma reunião e comunicou que a situação estava grave e que o Partido não tinha condições de manter o contato. A família de seu marido havia mudado para SP, então o casal resolveu vir também. Foram morar em um porão na casa de uma irmã de Zé, em S.Miguel Paulista .Maria foi ser cobradora de ônibus, enfrentando várias madrugadas. Engravidou de novo e o medico a aconselhou a não mais trabalhar para poder levar a gravidez a termo. Após o nascimento de sua filha foi trabalhar na fabrica de latas Matarazzo, mas não agüentou. Passou a trabalhar em casa com confecção de costura e ganhava por produção,também trabalhou no hospital da Penha como auxiliar de enfermagem.
Neste momento, seu marido, que trabalhava em uma metalúrgica reencontrou o pessoal do PC DO B na pessoa de Lucia e Creuza. A partir daí retomou a luta, através do movimento contra a carestia, com nossos queridos camaradas Tom (já falecido) e Ana Martins (nossa atual dirigente estadual).Ana trabalhava no Mobral e Maria passou a trabalhar também.Entrou na luta pela moradia e todos os movimentos,o principal deles o movimento contra a carestia. Maria Aglais passou a fazer parte do Zonal da Leste do PC do B.

Daí por diante, a luta pela anistia, pela Amazônia é nossa ,etc.Veio a anistia e Maria Aglais que então era Maria Dora foi retomar sua identidade no Recife (1981) e Ceará onde trabalhou na Coelce (empresa de eletricidade) foi buscar seus documentos, seu tempo de serviço na cooperativa(sem registro).

Com a anistia, o PC do B voltou a legalidade e Maria Aglais passou a atuação na direção do Distrital da Mooca e depois presidente no distrital de Sapopemba-Vila Prudente.
No movimento dos monitores do Mobral se ligou a APEOESP. E a partir daí Maria Aglais começou a participar da vida sindical do movimento dos professores dando aula na escola estadual Caetano de Campos.

O PC DO B participou de uma invasão habitacional na cidade A.E.Carvalho e Maria resolveu entrar junto com 95 famílias. Já separada, com uma filha pequena de 3 anos, nada tinha a perder.

Não tardou ação de despejo do governador biônico Maluf, ficando três dias ao relento negociando um lugar para morar.

As famílias foram alojadas num conjunto habitacional, ainda em construção, que depois foi inaugurado pelo então prefeito Mario Covas do então MDB, em Sapopemba, conjunto Teotônio Vilela, sem água, sem luz, sem escola, sem creche, sem infra-estrutura nenhuma. Maria Aglais foi uma das principais lideranças a organizar e integrar o conjunto (promorar e prédios) criando a associação dos moradores, que passou a reivindicar o funcionamento dos serviços sociais (escolas, creches, luz, água,esgoto,etc) .

Professora da rede estadual e concursada da prefeitura, ministrando aula para o ensino fundamental jovens e adultos, acumulava três cargos. Participava como conselheira da APEOESP e em seguida passou a acumular dois cargos na Secretaria Municipal de Educação de São Paulo, passando atuar no SINPEEM.

Aposentou-se aos 70 anos de idade na escola publica, por não ter como provar, seu tempo de serviço prestado em função do período de clandestinidade e em 2005 entrou com o processo de anistia, tendo conseguido sua aprovação em setembro de 2009.

Maria Aglais, um ícone do PC do B, pela sua militância aguerrida, fiel, possuidora de uma grande humanidade, exemplo e estimulo a todas que lutam, tem dedicado sua vida a causa do socialismo, não desiste de sonhar que outro mundo é possível. Atualmente milita no Distrital de S. Miguel, junto à terceira idade daquela comunidade e é também membro da diretoria da União Brasileira de Mulheres.

Parabéns e obrigado por você existir em nossas vidas!

Por Márcia Viotto - socióloga, professora, atualmente assessora da CTB- militante do PCdoB -V.Prudente .

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

ARENGA!

SALVEM AS AREIAS DO RIO JAGUARIBE!

A areia é - linhas gerais - um material originalmente mineral composto de fragmentos granulados, que na sua maioria tem composição química de dióxido de silício, proveniente da fragmentação de rochas expostas ao vento ou água. Lembro-me que os rios de minha cidade eram abundantes deste sedimento. O rio serafim (Rio Jaguaribe) na minha infância, tinham enormes porções de areia onde brinquei por diversas vezes. Hoje ao ver aquele rio da forma que está é uma cena deplorável. Entendo que areia é um elemento indispensável na construção civil e não sou contra a sua exploração, desde que seja responsável e com devido respeito ao meio-ambiente. A areia tem um papel fundamental na filtragem e permeabilidade das águas que vão para os lençóis freáticos, que alimentam poços artesianos ou não. As comunidades que se utilizam desses poços são os grandes prejudicados. Atualmente o rio do Guilherme (outra parte do rio Jaguaribe conhecida no meu município) está passando pela mesma exploração irresponsável e pior, sendo utilizada na compra de votos e politicagem suja.
Diante do fato, liguei no dia de hoje para Semace (Secretaria de Meio Ambiente do Ceará) e formalizei uma denúncia ambiental, espero que os fiscais daquele órgão impeçam em tempo hábil essa exploração descabida. O número do processo da denúncia é 3.094/2010. Fiz meu papel de cidadão e estou com a minha consciência tranqüila. Espero que as autoridades de Jaguaruana tomem alguma providência, sobretudo o Ministério Público e Secretaria Municipal do Meio-ambiente.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

CURIOSIDADE

O conceituado e afamado Doutor Bezerra de Menezes, apologista e precursor da Doutrina Espírita no Brasil, tem raízes consangüíneas com Jaguaruana. O seu avô paterno foi Antônio de Souza e Menezes (1758 – 1828) um revolucionário do movimento que se condicionou chamar de Confederação do Equador, nasceu aqui em nossa cidade quando ainda se chamava Caatinga do Góes e era um distrito de paz subordinado a Aracati.
            Esse fato pode ser comprovado através das seguintes referências bibliográficas: Diccionario Bio-bibliographico Cearense - Barão de Studart e Bezerra de Menezes: fatos e documentos- Luciano Klein Filho 2000.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

CRÔNICAS JAGUARUANENSES

                Francisco Moreira Torres, conhecido por Moreirinha, é uma dessa figura que compõe o grande mosaico da cultura popular. São várias as histórias que se contam ao seu respeito, em outra oportunidade estarei colocando a sua biografia neste espaço. Mas enquanto isso vai algumas histórias:


Dizem que certa vez no mercado público da cidade, o qual Moreirinha tinha um quiosque, havia uma mulher de saia, que por distração, sentou-se de uma forma em que se podia ver sua calcinha. A tal mulher estava de frente ao quiosque de Moreira. Os homens dali vendo a cena e percebendo que para se ver melhor o sujeito teria que ficar lá no quiosque de Moreira. Eles tiveram uma idéia, ficaram de um a um indo ao quiosque com pretexto de tomar um pouco d’água de um pote que Moreira havia deixado lá.
- Ô Seu Moreira, posso tomar um pouco d’água?
- Pois não, pode tomar.
                Logo depois veio outro.
- Ô sede da gota, tem como eu to um pouco d’água, Seu Moreira?
- Mas menino! Não faça cerimônia, vá lá!
                Depois mais um.
- Menino, pense na sede!
- Já sei quer água – Moreira já manjando a picardia.
                E mais um. Moreira não deixou nem o sujeito falar.
- Vá tomar sua água, se você vai morrer de sede.
                Naquele instante, Moreira dirigiu-se a moça e disse de supetão:
- Ou a minha filha fecha as pernas e aqueles pangarés vão secar o meu pote.


                Um caminhoneiro da Capital chegou à Jaguaruana todo gaiato, tirando prosa com todo mundo. O povo já tava com raiva daquele sujeito. Foi quando o seu Virtú (outro personagem folclórico que vamos tratar depois) disse:
- O senhor é muito espirituoso e inteligente. Você pode brincar, mas só não brinque com Moreira. O cabra é engenhoso dá nó em pingo d’água. Já enganou até o Ferrabrás (cordel de minha autoria).
- Oxê, esse sujeito é que é bom. Venham comigo, vou envergonhar esse sujeito.
                Juntou-se uma turma com o caminhoneiro e foram no quiosque de Moreira. O caminhoneiro chegando ao balcão bradou:
- Moreira tem muito corno aqui?
- Não, só em trânsito!
                Os gritos e os risos estrondaram ao redor do caminhoneiro.


Essa é melhor história que já ouvi dele, prova a sua astúcia.

                Moreirinha foi delegado da cidade de Jaguaruana. Certa vez, houve uma discussão acerca de que era dono de um bode, essa briga chegou à delegacia. Moreirinha calmamente disse que resolvia aquela briga se os dois concordassem com veredicto do delegado. Ambos concordaram. Então ele disse:
- Vou chamar cada um para sala e fazer uma pergunta, tudo bem?
                Ambos acenaram positivamente com a cabeça. Moreirinha chama o primeiro, este entra imediatamente na sala. Moreirinha fecha porta.
- Bem, você diz que o bode é seu. Então vou fazer a minha pergunta: Se esse bode for seu, você me daria?
- Com certeza, Moreirinha, as graças de Sant’ana com certeza.
- Tudo bem, pode se retirar e chame o outro.
                O coitado do homem saiu sem entender nada. O outro entra na sala.
- Bem, você diz que o bode é seu. Então vou fazer a minha pergunta: Se esse bode for seu, você me daria?
- Oxê, por Nossa Senhora Sant’ana, é seu.
- Pois bem, retire-se. Digo já o veredito
                O outro saiu da sala. Com pouco tempo, Moreira sai e diz para os dois:
- Cadê o bode?
                Ambos apontaram para fora da delegacia, o bode tava amarado próximo a porta. Moreira virou-se para o lado e disse:
- Soldado recolha o bode.
                Os dois sujeitos se entreolharam e perguntaram quase que juntamente:
- Mas seu Moreira, de quem é o bode?
- O bode é meu – disse Moreira voltando-se para sua sala.
                 




domingo, 26 de setembro de 2010

CURIOSIDADE

Aquele velho hábito nosso de dizer que jaguaruanense está em tudo que é lugar, tem realmente sentido. Já podemos dizer que houve uma jaguaruanense na Assembléia Constituinte de 1988, inclusive o nome dela está estampada em todos os exemplares da Constituição Federal, trata-se de Marluce Pinto. Agora quando perguntarem a você se teve algum jaguaruanense na feitura da Constituição Federal, já podemos dizer categoricamente que sim! Quem não acreditar pode olhar na Carta Magna! Como diz os conterrâneos: "nessa terra só tem artistas"...(risos)

sábado, 25 de setembro de 2010

DOS FILHOS DESTE SOLO

Abraão de Carvalho (1891-1970)

Nascido no dia 04 de Abril de 1891 na cidade União (atual Jaguaruana, nome este que só veio a ser estabelecido por força da lei nº 1.114 de 30 de dezembro de 1943). Filho de João Nicolau de Carvalho e Maria Santana de Carvalho. Em 1905, segundo os registros, seguiu para Capital Cearense (Fortaleza) para se dedicar ao comércio. Havia reunido alguns recursos que lhe proporcionou bancar essa aventura por conta própria. Amante inveterado dos livros e da música iniciou a colecionar e catalogar partituras, livros de composição, técnica musical, biografia de compositores famosos, colaborando inclusive com a “Revista Brasileira” na publicação de estudos e documentos acerca do grande Carlos Gomes. Não se sabe ao certo em que ano Abraão mudou-se para o Rio de Janeiro. Durante toda a sua vida conseguiu fazer um acervo musicológico de imensurável valor cultural para o país. Trabalhou por quase 50 anos foi funcionário da Companhia Industrial de Papel e Cartonagem de propriedade do então empresário Nicolau Matarazzo, a unidade-fabril era situada à Avenida Jayme Siciliano, nº 01 – Centro, Mendes/RJ, atualmente, foi tombado o prédio em determinação da lei nº 1638/2000 por iniciativa do Deputado André Ceciliano. A sua biblioteca de tão valorosa foi adquirida pelo Governo Federal em 1950 e agrega ao acervo de Divisão de Música da Biblioteca Nacional, o seu acervo recebeu em sua homenagem o nome de “Biblioteca Abraão de Carvalho”, sendo um grande referencial de pesquisa no Brasil para pesquisadores, estudiosos, músicos e professores. Aliás, grande parte de seu acervo pode ser acessado no site da Biblioteca Nacional. Abrão de Carvalho morreu no Rio de Janeiro no ano de 1970, precisamente, no dia 5 de maio.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

DOS FILHOS DESTE SOLO


Maria Marluce Moreira Pinto, conhecida por “Marluce Pinto” nasceu na cidade de Jaguaruana-Ceará, no dia 03 de junho de 1938, filha de José Severino Moreira e Laura Correia Moreira. Concluiu seu ensino médio no Colégio São João (segundo dados extraídos do site do Senado). Marluce Pinto é empresária e personalidade política. Ingressou na política através de seu esposo Ottomar Pinto, grande político de Roraima, que morreu no dia 11 de dezembro de 2007, ocasionado por um infarto. Marluce Pinto, mesmo sentido a parca de Ottomar, decidiu continuar na política. No pleito de 2010, Marluce é candidata ao Senado com visíveis chances de ganhar o pleito.

Contudo, faz-se necessário contar um pouco da trajetória política de Marluce Pinto, ainda que seja uma tarefa árdua. Primeiramente, Marluce Pinto foi eleita Governadora de Roraima no quadriênio de 1979 a 1983. No ano de 1987 consagrou-se Deputada Federal, conseqüentemente, participou diretamente da Assembléia Constituinte de 1988 da qual culminou a instituição da Carta Magna que até hoje rege nosso parâmetro jurídico. Com esse acontecimento a história política de Marluce Pinto que se dava no território regional auferia projeções nacionais, numa época em que as mulheres quase nem tinha espaço de atuação política. Certamente o futuro lhe reservaria algo ainda mais louvável e um marco para a luta das mulheres na política. No pleito de 1990, a primeira eleição por voto direto da História Republicana do País, Marluce Pinto faria mais uma vez consagração histórica. A sua vitória política como senadora para o mandato de 1991 a 1995, tornou Marluce Pinto e Júnia Marise às primeiras senadoras eleitas por voto direto da história republicana.

 Homenagens Recebidas
     - Medalha do Mérito Tamandaré, Ministério da Marinha, Brasília, DF;
     - Medalha do Mérito Cruz de Mauá, Ministério dos Transportes, Brasília, DF;
     - Medalha do Mérito Centenário de Boa Vista, Governo de Roraima, 1990;
     - Medalha de Honra ao Mérito da Associação dos Juízes Classistas da Justiça do Trabalho, 1992;
     - Medalha de Honra ao Mérito do Ministério da Aeronaútica, 1992;
     - Condecoração, no Grau de Benemérito, atribuído pelo Conselho Universitário da Universidade Federal de Roraima - UFRR, 1994;
     - Condecoração, no Grau de Grande oficial, atribuída pelo Excelentíssimo Senhor Presidente da República ao acolher proposta do Conselho da Ordem do Mérito das Forças Armadas, 1994;
     - Ordem do Mérito Aeronáutico - Dia do Aviador, Ministério da Aeronáutica, 1996.
     
 Trabalhos Publicados

     - Comissão Parlamentar Mista de Inquérito que apurar denúncias sobre o Trabalho de Crianças e de Adolescentes no Brasil - Separata. Roraima Presente - Separata.
     - Código Brasileiro. Legislação Eleitoral - Separata. Áreas de Livre Comércio - Separata. - Relatório Final. Projeto Calha Norte - Separata.
     - Discursos da Senadora Marluce Pinto - Separata. Dia Internacional da Mulher - Separata. - Decreto-Lei nº 022, de 1991 - Separata. SIVAM - Uma questão de Soberania Nacional - Separata.
     - Farmácias, Drogarias e Ervanários - Separata. Mulher - Separata. Mercosul - Apostila.
     - A Voz do Brasil - Separata.
     - IV Conferência Mundial sobre a Mulher - Separata.
     - Código de Defesa do Consumidor.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

CRÔNICAS JAGUARUANENSES

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE JAGUARUANA-CEARÁ

A Lei Orgânica do Município (LOM) de Jaguaruana foi promulgada no dia 13 de maio de 1990, na gestão do Prefeito Raimundo Francisco Freitas Jaguaribe, tendo a Assembléia Constituinte Municipal os seguintes legisladores: Adelmar Lustosa, Francisco Pereira Neto, Francisco Venâncio Neto, Gerardo Oliveira Filho, Humberto Freitas Braga, João José da Rocha, João Wilson Celedônio, José Antônio da Rocha, José Augusto de Almeida Junior, Joselias Marques de Oliveira, José Leuriberto Maia, José Maria Alves de Melo, José Moreira Maia, José Ribamar Batista, Paulo Ercílio de Carvalho, Raimundo Moreira Machado e Tarcísio Carlos Monteiro. Composta da seguinte forma: Título I – Da Organização Municipal; Titulo II – Da Organização dos poderes; Titulo III – Da Organização Administrativa Municipal; Titulo IV – Da Ordem Econômica e Social; Título V – Das disposições Gerais e Transitórias.
A LOM germina da necessidade jurídica incutida pelo Dispositivo Constitucional no Capitulo IV, artigo 29 com a seguinte descrição redacional: “O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição” e na Constituição Estadual essa garantia está descrito no Título IV, Capitulo I das Disposições Gerais, artigo 26 da seguinte forma: “O Município reger-se-á por sua própria Lei Orgânica e leis ordinárias que adotar, respeitados os princípios estabelecidos nesta Constituição e na Constituição Federal”. Em linhas gerais, a LOM é uma “Carta Magna” de abrangência municipal, salvaguardado as devidas restrições que Lei maior dispõem. A publicação da LOM em todos os municípios do Brasil tinha um prazo de realização e/ou promulgação, pelo menos é o dispõe o Dispositivo Constitucional no Título X, artigo 11, parágrafo único: “Promulgada a Constituição do Estado, caberá à Câmara Municipal, no prazo de seis meses, votar a Lei Orgânica respectiva, em dois turnos de discussão e votação, respeitado o disposto na Constituição Federal e na Constituição Estadual”. A Constituição do Estado do Ceará foi promulgada no dia 05.10.1989, a LOM de Jaguaruana foi promulgada fora do prazo estabelecido em lei, com uma clara inobservância do artigo 11 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, sendo que a promulgação aconteceu com sete meses exatos após a promulgação da Constituição Estadual.
Esse ano (2010) a LOM completou 20 anos de existência, por essa ocasião redigi e a apresentei ao vereador João de Deus um projeto de lei para apreciação da Câmara de Vereadores, instituindo um dia comemorativo à LOM. Aparenta de início uma atitude pueril para alguns, mas há algo forte por detrás desse ato. A criação de um dia comemorativo tem o pretexto de excitar nas pessoas reflexões diversas e não permite que as mesmas não esqueçam seus direitos e deveres, dentro do município.          

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

CRÔNICAS JAGUARUANENSES

Fagulha de expressões lúdicas do semi-árido!

Os pés empoeirados de massapé saltitavam por entre urtigas, pés de cardeiros e carrapichos, devorando frutos de carnaúba montado num cavalo de talo. Lembrança essa que ainda escorre por dentro da mente daquele menino franzino, cabeça disforme (bem cearense) e pernas finas. Infância bendita longe das coisas contemporâneas, igualmente um índio e/ou – quem sabe – um homem primitivo. Tudo tinha uma feição imagética, até mesmo o pouco vento incorporava um tufão que dificultava os galopes do cavalo de talo por entre as veredas sertanejas. Não faltavam histórias, geralmente quixotescas, ainda que não houvesse moinhos de ventos e Dulcinéia. Sanchos e Dons Quixotes não faltavam, empunhando espadas de angicos, carnaúba e mutamba, sem armaduras e elmos.
O córrego próximo a casa do menino franzino de cabeça disforme e as penas finas era um afluente de águas turvas infestado de peixes, muçuns, sanguessugas e rodeada de uma belíssima caatinga. Cenário perfeito para meninos que eram carentes de brinquedos, mas ricos de imaginação. Pedaços de ossos tornavam-se vaquinhas e bois de uma rica fazenda; lata de sardinha, pregos, pedaços de tábuas e tampinhas de metal artesanalmente virava um conversível invejável; e quando nada mais se tinha, faziam as brincadeiras de roda, bandeirante, esconde-esconde, pega-pega, passarinho no ninho e cobra no buraco, sete pecados, cavalaria e outras infindáveis expressões lúdicas que tornavam nossa infância no semi-árido muito mais agradável.           
                Hoje a se ver os meninos franzinos se digladiando diante de um Playstation, amontoados de brinquedos de todas as espécies, mp3, IPOD, IPAD, notebook’s, percebe-se que o exercício de imaginação que contribui na capacidade cognitiva perderá alguns pontos com advento abrupto dessas novas tecnologias. Ainda que se entenda que seja o progresso dos tempos, preocupa-se a extinção das brincadeiras e brinquedos populares tão importantes no universo da cultura popular do semi-árido nordestino.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

A MATRACA



UM PRÓLOGO


A partir de hoje, Jaguaruana contará com mais instrumento virtual de discussão das notícias que a circundam. Serão estampados aqui todos os acontecimentos, pelo menos os quais se puder alcançar. Nossa pretensão maior é tornar esse espaço livre fomentador de discussões sobre os fatos, colocando-se como mais um ingrediente na formação da opinião pública jaguaruanense.

Aos Conterrâneos,
Saudações Tecelônicas!